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Foto do escritorAna Carol Carvalho

Um grande desafio para o designer: deixar fluir a criação pra sí mesmo



Designers, não sei se pra vocês é igual… mas desenhar um projeto pra mim mesma, é muito difícil.

Recentemente lancei meu site pessoal e provei o gosto do desapego pela perfeição. Como eu estava decidida a desenvolver um MVP (minimum viable product), a entrega foi concluída com sucesso. Mas, desapegar nunca é fácil e pra complicar ainda mais — no meu caso — sou do signo de Virgem. Se você não sabe o que os astros falam sobre, os virginianos são taxados como os metódicos e perfeccionistas do zodíaco.


Já tinha tentado fazer algo para eu mesma em outras ocasiões, mas acabava deixando o desenvolvimento de lado e com muitas alternativas inacabadas. Fazia isso por pensar que nenhuma solução era boa suficiente. A experiência de planejar um site pessoal me libertou pois eu tinha expectativa de construir algo bom, mas não perfeito. No decorrer do processo de criação, fui melhorando e alterando o design do site de acordo com a minha vontade e disponibilidade.


Gostaria de mencionar que não usei o mesmo método que estou acostumada para criação de um novo projeto e vou descrever aqui o processo criativo libertador:


1) Não fiz pesquisas de referências. Utilizei meu repertório pessoal como fonte de inspiração;


2) Foquei em solucionar o problema: produzir um site para divulgar o meu trabalho;


3) Deixei o inconsciente agir e fluir;


4) Busquei por elementos que representam o momento que estou passando como profissional e que conversam com os projetos que estou desenvolvendo;


5) Fiz um estudo básico de paleta de cores apenas quando percebi que havia conflito entre aquelas que eu havia escolhido;


6) Deixei o projeto descansar;


7) Semanas depois, fiz alterações com foco na evolução de um conceito inicial e não comecei novamente do zero;


8) Não pedi opiniões. Mostrei ao mundo a versão final sem medo de ser feliz;


9) Não me prendi ao perfeccionismo mas mantive o mindset focado na evolução contínua. Mesmo depois de lançado, não descartei opiniões construtivas e fiz apenas os ajustes que julguei relevantes.


O site passou por três alterações: comecei com um draft inicial direto na plataforma, sem muitas interferências; depois, criei algumas interfaces no photoshop com o objetivo de visualizar melhor a composição de diferentes elementos e cores; por fim, fiz as alterações no draft e voilá, terminei meu site. Depois disso foi só colocar ele no ar.


O objetivo principal de todo essse esforço foi criar uma chamada para o meu novo projeto, que faz parte da minha dissertação de mestrado. Mas, após o lançamento do site outros projetos foram surgindo e percebi a necessidade de um upgrade: desenhar uma identidade visual para a Ana Carol Carvalho, eu! E mais uma vez, usei a técnica citada acima. Deixei o meu repertório pessoal ser o guia e mostrar o caminho através das alternativas.


E este é o resultado ❤



Amei a minha marca e acho que ela tem tudo a ver comigo. Fiz duas opções de assinatura, com quatro variações: uma na horizontal com e sem a extensão .com.br / e outra circular, com e sem a extensão .com.br. As assinaturas — com as extensões .com.br— são super úteis para projetos em co-criação pois assim meu endereço virtual fica evidente. Ao adicionar a marca no site também aproveitei pra fazer alguns ajustes e fiquei satisfeita com o resultado, que ultrapassou as expectativas! Olha lá como ficou.


 

E aí, me conta: você também tem dificuldade em fazer projetos para sí mesmo? Compartilha comigo, vamos trocar ideias de como deixar fluir e não se apegar ao perfeccionismo! :)


 

Publicado também em: medium.com/@anacarolcarvalho

159 visualizações2 comentários

2 Comments


Gabriela Oliva
Gabriela Oliva
Mar 20, 2019

Gostei do resultado do desapego. Vou te pedir um orçamento pro site da Nui. bj

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Bruno Arins
Bruno Arins
Mar 17, 2019

Sua marca ficou linda demais, Ana!


Não sou designer (cê sabe), mas me identifiquei muito com o teu processo. Estou há muito tempo para produzir o meu próprio site e sempre fico esperando o momento certo, os conteúdos ideais e as referências suficientes. Mas nunca tinha parado pra pensar que a minha própria experiência é a melhor referência, porque é é algo MEU.


Parabéns pelo projeto e continue escrevendo. :)

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